Gestão de riscos
Objetivando administrar os seus negócios com elevados níveis de segurança e observando os dispositivos legais referentes ao assunto, a STARA Financeira dispõe de estrutura de gestão de riscos compatível com a natureza e a complexidade dos seus produtos, serviços, atividades, processos e sistemas.
Compete à diretoria estabelecer limites de exposição para os tipos de operações realizadas pela instituição, considerando aspectos como a tendência do mercado, cenários projetados, riscos potenciais, oportunidades de negócios e fontes de recursos.
Para administrar riscos adequadamente, a instituição distribuiu seus processos em duas divisões, com diretorias específicas, segregando atividades que poderiam gerar conflitos de interesse.
Divisão Administrativa Financeira:
· Tesouraria – Administração Financeira e Contabilidade
· Recursos Humanos
· Tecnologia da Informação
Divisão de Operações:
· Crédito
· Formalização
· Cobrança
· Atendimento
A auditoria interna responde diretamente à diretoria executiva e a auditoria externa, à presidência.
A diretoria tem a responsabilidade de promover a cultura da gestão de riscos, de revisar no mínimo anualmente políticas referentes ao assunto, de acompanhar permanentemente a gestão, de estabelecer padrões de conduta para a STARA Financeira e de acompanhar e analisar as condições do mercado.
Os principais riscos gerenciados pela STARA Financeira são:
I) Riscos Operacionais:
No conceito de riscos operacionais, abordados na Resolução 3.380 do Banco Central do Brasil, são incluídas as possibilidades de ocorrência de perdas resultantes de falhas, deficiências ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos.
Entre os riscos operacionais, são mencionadas as possibilidades de ocorrência de:
> Fraudes internas;
> Fraudes externas;
> Demandas trabalhistas e segurança deficiente do local de trabalho;
> Práticas inadequadas relativas a clientes, produtos e serviços;
> Danos a ativos físicos próprios ou em uso pela instituição;
> Fatores que acarretem a interrupção das atividades da instituição;
> Falhas em sistemas de tecnologia da informação;
> Falhas na execução, cumprimento de prazos e gerenciamento das atividades.
A maneira pela qual foi desenvolvida a estrutura administrativa da STARA Financeira objetiva minimizar a possibilidade de ocorrência de fraudes e falhas relacionadas aos processos, ao negócio e às pessoas.
Cada área executa funções específicas, havendo segregação entre a assunção de compromissos e a liberação de recursos.
A auditoria interna revisa a adequação e o cumprimento da legislação, bem como das normas e controle estabelecidos.
A área administrativa financeira revisa regularmente os processos operacionais da empresa, objetivando mitigar o surgimento de riscos representativos.
As tarefas são executadas com base em processos formalmente definidos, observando a boa prática bancária, prevendo padrões adequados de segurança.
Para mitigar riscos relacionados a falhas que resultem na interrupção das operações da STARA Financeira, devido à ocorrência de problemas com o sistema informatizado, foi elaborado plano de contingência, pela área de Tecnologia da Informação.
O gerenciamento do risco operacional é responsabilidade da diretoria operacional, cujas atribuições estão segregadas da unidade executora da atividade de auditoria interna e da área de administração de recursos de terceiros.
Nesse contexto está incluído o risco legal, associado à inadequação ou deficiência de contratos firmados pela instituição financeira, bem como a possibilidade de recebimento de sanções, em razão do descumprimento de dispositivos legais. A possibilidade de obrigatoriedade de indenização a terceiros por danos decorrentes da atividade da instituição financeira também figura entre os riscos operacionais.
A diretoria operacional acompanha permanentemente questões que possam representar a elevação de riscos envolvendo terceiros.
Os processos operacionais e da STARA Financeira contemplam a estrita observância de aspectos regulamentares, legais e éticos.
O gerenciamento do processo de gestão de riscos operacionais da STARA Financeira engloba as seguintes etapas:
1) Identificação
Quando identificada situação que possa representar nível elevado de risco, é iniciado processo de análise do assunto.
2) Avaliação
Os processos operacionais vinculados à atividade que originou a situação de risco são revisados, sendo testado o nível de segurança dos mesmos.
São calculados os valores das perdas potenciais da situação de risco identificada.
3) Definição de medidas corretivas
Medidas corretivas são estabelecidas, englobando a retificação de processos operacionais, se constatado que essa foi a causa do surgimento da situação de risco elevado.
4) Implementação
As medidas corretivas são adotadas, na área onde foi constatada a existência de situação de risco.
5) Acompanhamento
Os níveis de segurança das atividades onde foi constatada a situação de risco são acompanhados regularmente, até a regularização do assunto.
6) Revisão periódica de processos
Os processos operacionais são revisados anualmente, ou com maior frequência, quando necessário e submetidos à apreciação da diretoria, para garantir a qualidade da gestão dos negócios.
II) Risco de Crédito;
Risco de crédito, abordado na resolução 3.721 do Banco Central do Brasil, é a possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao não cumprimento pelo tomador ou contraparte de suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados, à desvalorização de contrato de crédito, decorrente da deterioração da qualidade do risco do tomador, à redução de ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas na renegociação e aos custos de recuperação
Na STARA Financeira o risco de crédito é administrado e mitigado através de política específica de gerenciamento, compatível com a natureza das operações e com a complexidade dos produtos e serviços oferecidos.
Essa política é implementada por equipe específica, com estrutura adequada para administração da exposição ao risco de crédito.
A STARA Financeira concede créditos primordialmente para revendedores da STARA S.A. e para usuários dos equipamentos produzidos por essa empresa.
Para aprovação de propostas são analisados os principais fatores de crédito relacionados aos proponentes e garantidores, que envolvem aspectos da estrutura de capital, liquidez, qualidade da gestão, histórico em relação a compromissos financeiros e garantias, bem como o contexto no qual desenvolvem as suas atividades.
São identificados, mensurados e mitigados os riscos de crédito relacionados às propostas recebidas.
A atribuição de “ratings” para os processos de crédito distribui os negócios da STARA Financeira de acordo com a qualidade de risco, de acordo com o previsto na Resolução 2.682 do Banco Central do Brasil, representando importante ferramenta na administração de riscos de crédito da instituição.
III) Risco de Mercado;
A Resolução 3.464 do Banco Central do Brasil define risco de mercado como a possibilidade de ocorrência de perdas, devido à flutuação nos valores de mercado de posições detidas por instituições financeiras, incluindo os riscos das operações sujeitas à variação cambial, das taxas de juros, dos preços de ações e dos preços de mercadorias (commodities).
A diretoria operacional dispõe de estrutura adequada para avaliar, mitigar e administrar adequadamente riscos de mercado.
O processo de desenvolvimento de produtos e serviços pela STARA Financeira não inclui a realização de operações que envolvam descasamentos de indexadores entre ativos e passivos, a assunção de posições em ações, commodities, a geração de ativos ou passivos sujeitos à variação cambial e à variação de taxas de juros no longo prazo.
A sistemática de negócios da STARA Financeira engloba a adoção de posicionamento conservador em relação a riscos de mercado.
IV) Risco de Liquidez;
De acordo com a resolução 4.090 do Banco Central do Brasil, risco de liquidez é a possibilidade de uma instituição financeira não conseguir honrar suas obrigações esperadas e inesperadas, correntes e futuras, inclusive as decorrentes de vinculação de garantias, sem afetar as suas operações diárias e sem incorrer em perdas significativas e a possibilidade de que a instituição não consiga negociar a preço de mercado uma posição, devido ao seu tamanho elevado em relação ao volume normalmente transacionado, ou em razão de alguma descontinuidade do mercado.
A diretoria operacional administra os riscos de liquidez.
Na estrutura de produtos e serviços desenvolvidos pela STARA Financeira, não está prevista a assunção de posições que impliquem na assunção de risco de liquidez representativo.
Gerenciamento do Capital:
O gerenciamento do capital compreende o acompanhamento da necessidade de capital da STARA Financeira, considerando os objetivos da instituição e os riscos aos quais os seus negócios estão expostos.
O gerenciamento da necessidade de capital é implementado pela diretoria administrativa financeira, em conjunto com a diretoria operacional.